Como é feita a cirurgia para cardiopatias congênitas?

14/12/2018

Cardiopatia congênita é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras 8 semanas de gestação quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca.

A evolução é muito variável. Existem doenças que não alteram longevidade ou qualidade de vida, mas existem doenças nas quais é impossível a vida extra-útero. Entre estes extremos há uma infinidade de apresentações clínicas possíveis e diferentes perspectivas de vida. O diagnóstico precoce, durante a gravidez, é importante para o planejamento do parto e pode salvar a vida do bebê em cardiopatias mais complexas.

Doenças congênitas como a tetralogia de Fallot, necessita de cirurgia para a correção. A doença é composta de quatro elementos, por isso a denominação "tetralogia". Encontram-se: 1-Comunicação Interventricular, ocorre quando existe um orifício entre as duas câmeras do coração chamados de ventrículos (esquerdo e direito), 2-Dextroposição da aorta, que significa um desalinhamento para a direita da aorta ao sair do coração, 3-Obstrução de ventrículo direito, ocorre portanto uma dificuldade de passagem de sangue pobre em oxigênio para os pulmões e 4-Hipertrofia ventricular direita, devido ao excessivo trabalho do ventrículo direito, o músculo aumenta de massa, principalmente de espessura.

A doença é detectada por exames como cateterismo cardíaco e ecocardiograma, quando o paciente já demonstra os sintomas. Na doença o sangue pobre em oxigênio não consegue atingir os pulmões em quantidade suficiente para retornar oxigenado para o lado esquerdo do coração. Assim, ainda na infância as crianças apresentam-se com cianose (bebês azuis).

Quando é indicado o procedimento?

O método mais indicado para esse tipo de doença é a cirurgia de correção. Existem dois tipos mais expressivos de cirurgia, a corretiva e paliativa.

A cirurgia em crianças recém-nascidas e lactentes pode ser paliativa. Neste caso, o médico Cirurgião Cardiovascular faz uma ponte (bypass) com enxerto entre a aorta e a artéria pulmonar, com intuito de aumentar o fluxo de sangue para os pulmões. A incisão ou corte de pele deverá ser explicada quanto à localização e extensão individualmente.

Em pacientes maiores é feito um estudo de caso, podendo indicar-se a cirurgia corretiva. Para realizar este tipo de cirurgia é necessário o auxílio da máquina coração-pulmão ou CEC. A cirurgia corretiva consiste em corrigir os quatro elementos (tetralogia), de maneira que o paciente tem chances muito pequenas de recidiva.

Existem riscos e complicações?

O risco deve ser considerado com o médico Cirurgião Cardiovascular conforme avaliação individual de cada paciente. Existem possíveis riscos como: sangramento, infecção de ferida operatória, bloqueio cardíaco (com necessidade de marca-passo definitivo), baixo débito cardíaco, arritmias cardíacas, alterações em sistema nervoso central.

Quais as contraindicações?

A cirurgia é contraindicada em casos de outra doença ou má-formação incompatível com a vida, ou alterações no organismo que impeçam a realização de qualquer ato cirúrgico. Analisar individualmente o paciente é indicado.

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Texto Reproduzido | Fonte: https://boacirurgia.com.br/cirurgias/2017/06/29/cirurgia-para-cardiopatias-congenitas/

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